Dr. João Riba Nobre, Author at Boca Alegre /author/joaoribanobre/ Clínica Médica e Dentária Sat, 25 Nov 2023 00:38:49 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 /wp-content/uploads/2020/10/cropped-icon-site-boca-alegre-32x32.png Dr. João Riba Nobre, Author at Boca Alegre /author/joaoribanobre/ 32 32 A Importância da Avaliação Precoce em Terapia da Fala: Quando Procurar um Especialista /quando-devo-procurar-um-terapeuta-da-fala/ Mon, 23 Oct 2023 02:48:12 +0000 /?p=6121 The post A Importância da Avaliação Precoce em Terapia da Fala: Quando Procurar um Especialista appeared first on Boca Alegre.

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Intervenção Precoce: Prevenindo Dificuldades de Aprendizagem
Desde o nascimento, a capacidade de comunicação é um pilar fundamental no desenvolvimento infantil. A intervenção precoce em terapia da fala desempenha um papel crucial, não apenas no desenvolvimento da fala, mas também na prevenção de futuras dificuldades de aprendizagem. Mesmo antes de a criança começar a falar, existem indicadores essenciais que podem sinalizar a necessidade de uma avaliação por um terapeuta da fala.

Reconhecendo Sinais de Alerta no Desenvolvimento da Fala e Comunicação
A observação atenta dos pais é fundamental para identificar sinais precoces de dificuldades na comunicação e linguagem, tanto oral quanto escrita. Alterações na articulação, fluência, voz, audição, e motricidade oro-facial são alguns dos aspectos a serem observados. A avaliação por um terapeuta da fala é essencial para maximizar as competências linguísticas e comunicativas da criança.

O Desafio de Identificar Necessidades em Diferentes Faixas Etárias
A identificação de necessidades em terapia da fala pode ser um desafio, principalmente devido à diversidade de desenvolvimento em cada faixa etária. Muitos pais não estão alertas para dificuldades de linguagem até cerca dos dois anos de idade, período após o qual as dúvidas começam a surgir. Assim, é crucial conhecer os sinais de alerta específicos para cada faixa etária, permitindo uma avaliação mais detalhada e oportuna.

Sinais de Alerta de 0 a 6 Meses
Nesta fase inicial, é importante observar se o bebê reage a sons, sorri ou estabelece contacto ocular. A falta dessas reações pode indicar a necessidade de uma avaliação especializada.

Sinais de Alerta de 6 a 12 Meses
Entre os 6 e os 12 meses, a ausência de emissão de sons, como “mamama” ou “bababa”, a falta de reação ao nome da criança, ou a ausência de reação a sons familiares são indicativos importantes.

Sinais de Alerta de 12 a 18 Meses
Nesta etapa, é essencial que a criança brinque, produza monossílabos e reaja ao interlocutor, sorrindo ou olhando durante a brincadeira. A imitação também é um sinal relevante a ser observado.

Sinais de Alerta de 18 a 24 Meses
A compreensão de instruções simples e um vocabulário de pelo menos 4 a 6 palavras são esperados nesta fase. A ausência dessas habilidades pode indicar a necessidade de avaliação.

Sinais de Alerta de 2 a 3 Anos
A capacidade de construir frases simples, questionar, e um vocabulário expandido são cruciais. A preferência por gestos em detrimento de palavras também é um sinal de alerta.

Sinais de Alerta de 3 a 4 Anos
Nesta faixa etária, é importante que a criança consiga produzir frases simples, nomear objetos e compreender ordens simples. A fala deve ser inteligível para pessoas fora do círculo familiar.

Sinais de Alerta de 5 a 6 Anos
Alterações na articulação correta das palavras, uso de frases mal estruturadas, discurso incoerente e dificuldade em manter tópicos de conversa são sinais importantes. A dificuldade em discriminar sons da fala também deve ser observada.

Conclusão: Agindo com Atenção e Prevenção
Cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento, mas estar atento aos sinais de alerta e procurar uma avaliação especializada em terapia da fala é essencial. Se seu filho apresenta algum destes sinais, não hesite em buscar uma avaliação profissional. A intervenção precoce pode fazer toda a diferença no desenvolvimento saudável da comunicação e linguagem da criança.

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Sangramento das gengivas – Não desvalorize o problema /sangramento-das-gengivas-nao-desvalorize-o-problema/ Mon, 09 Oct 2023 14:47:45 +0000 /?p=6084 The post Sangramento das gengivas – Não desvalorize o problema appeared first on Boca Alegre.

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Sangramento das gengivas –Não desvalorize o problema

 

O sangramento das gengivas não é um sinal a ser tomado de ânimo leve. É o sintoma de um problema nas gengivas ou um problema geral que deve ser tratado o mais rapidamente possível.

 

A doença agrava-se a partir dos 40 anos. Hoje, não havendo estudos de prevalência em Portugal, no mundo julga-se que, na faixa etária acima dos 65 anos, 60% da população tem problemas nas gengivas

No entanto, é importante determinar as causas do sangramento das gengivas a fim de solucionar o problema. De facto, este sintoma pode ser indicativo de uma doença periodontal ou geral. E quanto mais precoce for o tratamento, mais rápida será a recuperação, por vezes sem quaisquer efeitos secundários.

 

 

 

 

Porque é que as minhas gengivas sangram?

O sangramento das gengivas pode ter muitas causas. No entanto, não é um sinal a ser tomado de ânimo leve: as gengivas vermelhas e que sangram facilmente não são saudáveis. É o sintoma de um problema nas gengivas ou um problema geral que deve ser tratado o mais rapidamente possível.

 

 

Doença das gengivas

A causa mais comum de sangramento das gengivas é a doença periodontal, gengivite ou periodontite. Esta inflamação infeciosa das gengivas é causada pela acumulação de placa bacteriana. Esta é a famosa placa bacteriana, que mineraliza em tártaro se os dentes não forem escovados correta e regularmente. As bactérias alimentam-se da glucose contida na placa e proliferam, levando à inflamação do tecido gengival. Os vasos sanguíneos nas gengivas dilatam-se e tornam-se mais frágeis, fazendo com que as gengivas fiquem vermelhas e sangrem ao mais pequeno ataque. É essencial consultar rapidamente o dentista. Ele realizará uma destartarização, a fim de eliminar a placa bacteriana e/ou o tártaro responsável pela gengivite. Tratar a gengivite o mais cedo possível impede que esta evolua para periodontite. As repercussões da periodontite são irreversíveis: aparecimento de bolsas periodontais (espaços entre a gengiva e os dentes), destruição do osso alveolar onde os dentes estão alojados, e perda de dentes.

 

 

Escovagem

O sangramento das gengivas pode simplesmente dever-se à utilização incorreta da escova de dentes, fio dentário ou escovilhões interdentários. A razão pode também dever-se à dureza da escova de dentes: cerdas que são demasiado duras agridem as gengivas, se a escovagem for vigorosa demais no tecido gengival. Pode pedir ao seu dentista conselhos sobre a escolha da escova de dentes, acessórios, dentífrico e o gesto correto a adotar.

 

Uma doença que afeta a saúde em geral

O sangramento das gengivas também pode ser sintoma de uma doença que afeta o corpo: diabetes, leucemia, cancro, SIDA, etc. É, portanto, um sinal que não deve ser negligenciado, pois pode permitir ao médico diagnosticar uma patologia grave mais rapidamente. O sangramento das gengivas também pode ser sintoma de deficiência de vitamina C que, se não for tratada, pode levar ao escorbuto.

 

Tomar medicação

Alguns medicamentos têm o efeito secundário de fazer sangrar as gengivas. Este é particularmente o caso dos tratamentos imunossupressores, prescritos se sofrer de uma doença autoimune. Mas também anticoagulantes, ou quimioterápicos utilizados para combater o cancro.

 

Alterações hormonais

As hormonas também afetam a saúde das gengivas. Durante a puberdade, gravidez ou menopausa, as gengivas são enfraquecidas por distúrbios hormonais e sangram mais facilmente.

 

 

Como parar o sangramento das gengivas?

 

Parar a hemorragia das gengivas implica obviamente a erradicação da causa da hemorragia. Por conseguinte, é importante determinar a causa com precisão, para que possam ser tomadas medidas. A maioria do sangramento das gengivas é provocado por doença periodontal, pelo que visitar o seu dentista para um check-up periodontal e remoção de tártaro é muitas vezes o primeiro passo no tratamento. Depois é preciso cuidar bem dos dentes para os preservar:

 

– escove os dentes duas vezes por dia durante pelo menos 2 minutos, com uma escova de dentes e dentífrico adaptados ao seu caso;

– utilizar escovilhões interdentários ou fio dentário para remover a placa bacteriana onde a escova não possa alcançar;

– adquirir o hábito de utilizar um colutório antisséptico para reduzir o risco de acumulação de placa bacteriana e tártaro.

 

Estes são passos importantes a dar, independentemente da causa do sangramento, pois ajudarão a proteger os seus dentes a longo prazo. Se a causa do sangramento das gengivas for algo diferente da doença periodontal, é importante consultar o seu médico para estabelecer um diagnóstico o mais rapidamente possível.

 

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Sangramento da gengiva – é normal? /sangramento-gengiva/ Wed, 20 Jul 2022 14:09:25 +0000 /?p=4532 The post Sangramento da gengiva – é normal? appeared first on Boca Alegre.

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Para muitos pacientes, o sangramento da gengiva enquanto escovam os dentes ou enquanto comem é algo considerado normal. Contudo, tal como não é normal sangrar doutras partes do corpo, estas hemorragias também não são consideradas normais. Neste artigo iremos explicar-lhe as razões mais comuns para o surgimento desta situação.

ESCOVAGEM TRAUMÁTICA

Utilizar uma técnica de escovagem incorreta, demasiado traumática ou com uma escova de cerdas muito duras pode originar lesões traumáticas nas gengivas que facilmente podem sangrar. Se esta situação ocorrer de forma esporádica não se torna preocupante. Contudo, é importante consultar o médico dentista para uma aprendizagem da técnica correta de higiene oral.

 

UTILIZAÇÃO DE FIO DENTÁRIO

A utilização de fio dentário também origina muitas dúvidas, mas se for utilizada uma técnica adequada e se usado de forma regular, uma vez por dia, entre todos os dentes, os resultados serão rapidamente visíveis. A escova não consegue higienizar os espaços interdentários e a acumulação de restos alimentares nestas zonas irá provocar inflamação da gengiva. Esta inflamação é que provoca o sangramento, logo é necessária a remoção destes restos alimentares para controlar esta inflamação.

 

GENGIVITE

Quando a escovagem não é realizada de forma eficaz, os restos alimentares que não são removidos da linha da gengiva formam uma placa bacteriana, designada por biofilme. Este é constituído por bactérias que provocam inflamação gengival generalizada e, consequentemente, sangramento. Nestes casos estamos perante uma gengivite, que pode ser aguda ou crónica, e necessita de tratamento em consultório coadjuvado com uma boa higiene oral diária com produtos específicos.

 

PERIODONTITE

A gengivite quando não tratada pode evoluir para uma periodontite. O biofilme quando acumulado pode endurecer e levar à formação de tártaro. Este só pode ser eficazmente removido através de uma destartarização em consultório dentário. Ao contrário do que alguns pacientes pensam, este é um tratamento seguro e que não enfraquece os dentes, apenas os pode deixar mais sensíveis às diferenças térmicas nos primeiros dias.

A acumulação de tártaro pode levar à perda dos tecidos de suporte dos dentes, a gengiva e o osso, levando à destruição dos mesmos através da ação das bactérias. Inicialmente, manifesta-se como uma retração gengival que mais tarde evoluirá para mobilidade dentária e consequente perda dos dentes.

 

PRÓTESES DENTÁRIAS DESAJUSTADAS

Em pacientes portadores de próteses dentárias removíveis, se estas estiverem desajustadas ou mal adaptadas, podem surgir lesões traumáticas que provoquem sangramento. Este pode ser mais ou menos acentuado, dependendo do tipo de alimentos, da força de mastigação ou do estado da gengiva. A solução passará por consultar o médico dentista para que possa reajustar ou rebasar a prótese. Nalguns casos pode ser necessária a substituição das mesmas.

 

GRAVIDEZ

O sangramento gengival, principalmente durante a escovagem, é algo bastante comum durante a gestação, especialmente nos segundo e terceiro trimestres. Esta situação acontece devido ao aumento da progesterona e do estrogénio, entre outras hormonas, que leva à inflamação da gengiva, provocando sangramento e sensibilidade. Esta situação pode trazer alguns riscos para o bebé em desenvolvimento, pelo que é importante efetuar uma consulta com o médico dentista para que a possa tratar, de forma segura. Uma higiene oral diária com escova e fio dentário também é fundamental.

 

PÓS-CIRURGIA

Nalguns casos, após uma extração dentária ou uma cirurgia gengival, é comum existir alguma hemorragia. Se esta for muito exacerbada deve controlar com pressão através de compressas esterilizadas e colocar gelo do lado de for da cara. Se ainda assim, não for possível controlar o sangramento. É importante consultar o médico dentista de imediato.

 

LESÃO MUCOSA ORAL

Se existir sangue na boca e nenhuma das situações acima for detetada, podemos estar perante alguma lesão, traumática ou não, dos tecidos moles, isto é, dos lábios, bochechas, língua e palato. Muitas vezes, estas lesões são assintomáticas e podem passar despercebidas, mas é importante um controlo regular no dentista para que sejam detetadas atempadamente, pois nalguns casos podemos estar perante alguma situação maligna.

 

De um modo geral, a melhor forma de prevenir o sangramento das gengivas é  consultar o médico dentista pelo menos, de 6 em 6 meses.

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O que é uma desvitalização dentária? /o-que-e-uma-desvitalizacao-dentaria/ Wed, 06 Apr 2022 15:20:16 +0000 /?p=4376 The post O que é uma desvitalização dentária? appeared first on Boca Alegre.

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A Endodontia, vulgarmente conhecida como desvitalização dentária, é a área da Medicina Dentária que se dedica ao diagnóstico e tratamento da polpa dentária e dos tecidos em redor das raízes dentárias. A polpa encontra-se na parte mais interna do dente e é constituída por vasos sanguíneos e estruturas nervosas.

O tratamento endodôntico é um tratamento especializado e envolve várias fases, muitas vezes realizadas em mais do que uma consulta. Numa primeira abordagem é feito um diagnóstico e controlo dos sintomas. Nesta consulta é removido todo o tecido cariado ou restaurado e com recurso a técnicas específicas e a um isolamento absoluto, o tecido pulpar é removido.

No final, os canais radiculares são selados com um material obturador biocompatível que impede uma nova propagação de bactérias. Assim, e dado que os dentes conseguem manter-se em função durante muito tempo com este tratamento, é evitada a extração dos mesmos, preservando-os.

Em que situações é necessária uma desvitalização dentária?

Normalmente, os problemas da polpa têm origem em cáries extensas, traumatismos ou restaurações profundas. Nestas situações o paciente costuma ter dores muito fortes, por vezes intermitentes e com sensibilidade ao frio e/ou ao quente. O tratamento endodôntico está indicado em dentes com cáries profundas que atingem a polpa dentária, fraturas de dentes, traumatismos, dentes que irão ser submetidos a uma reabilitação com coroas cerâmicas, dentes com alteração de cor, bem como outras patologias envolvendo a raiz dos dentes.

Uma desvitalização dentária enfraquece o dente?

Muitas vezes, quando um dente necessita de uma desvitalização, já se encontra à partida mais frágil do que um dente saudável, seja pela grande destruição da estrutura dentária por uma cárie, seja pela presença de uma infeção ativa na ponta da raiz ou pelo envolvimento dos tecidos de suporte como o osso e a gengiva. Para além disso, um dente desvitalizado perde o suprimento sanguíneo e nervoso, fazendo com que o ligamento periodontal, que envolve o dente e funciona como amortecedor durante a mastigação, se torne menos resistente. Deste modo, estes dentes têm uma maior probabilidade de sofrer uma fratura radicular, o que leva muitas vezes à sua extração. De forma a protegermos o dente e o mantermos em boca durante mais anos é essencial que este seja reabilitado com uma restauração cerâmica no final, em vez das convencionais resinas compostas.

É possível ter dor num dente desvitalizado?

Sim. A desvitalização é um tratamento complexo e individualizado. Não existem dois dentes iguais e o sistema de canais radicares varia muito de dente para dente. Por vezes, há canais acessórios ou divisões dos próprios canais principais que são muito difíceis de alcançar. A Endodontia tem avançado muito e hoje em dia as técnicas utilizadas e o recurso a radiografias avançadas, permitem-nos alcançar resultados mais previsíveis.

Nos casos em que as raízes não foram completamente tratadas ou em que há fratura da restauração e as bactérias da cavidade oral entram em contacto com as raízes já tratadas pode haver uma nova contaminação do dente levando a uma infeção ou abcesso e dor. Nestes casos, muitas vezes é possível resolver o problema recorrendo a um retratamento endodôntico ou seja, a uma nova desvitalização, de forma a salvar o dente.

Uma desvitalização dentária é um tratamento doloroso?

Muitos pacientes sentem ansiedade quanto têm de desvitalizar um dente pois acreditam que é um tratamento doloroso. No entanto, como em qualquer outra intervenção mais invasiva, é feito com recurso a anesteia local. É comum nos dias seguintes à intervenção surgir algum desconforto e nesses casos podem controlar-se os sintomas com recurso a medicação anti-inflamatória e analgésica, devidamente prescrita pelo médico dentista.

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